Funchal, 15 de Março de 2010
Meu amor,
Todo o tempo vivido no meu passado foi em vão, até que um dia fartei-me da monotonia dos meus dias e percebi que estava a desperdiçar o meu tempo com coisas demasiado insignificantes e que não mereciam a importância excessiva que lhes dava.
Quando realmente acordei já era tarde demais e tu, meu amor, já tinhas partido e levado contigo todas as lembranças dos momentos que passámos, o aroma do meu perfume, o meu sorriso, o meu olhar e jogaste-os para bem longe para que pudessem vaguear ao sabor do vento. Foram imensas as vezes que liguei, que te procurei e tentei falar contigo para que me perdoasses e voltasses para mim tal como dantes, mas isso não aconteceu, pois perdoar não é fácil sobretudo no amor.
Ainda hoje sinto a tua falta e quero - te do meu lado, quero que voltes a ser meu e eu tua, quero sentir o teu beijo, o teu toque e a intensidade do nosso amor tal como dantes, mas se isto não for possível não me arrependo das lágrimas que derramei por ti, pois foram sinal que tive coragem para te entregar o meu coração e lutar por este sentimento que fala mais alto que a minha própria vida.
Espero que leias esta carta e que ela te ajude a me perdoares, porque, desde que te foste embora, os dias são todos vazios, iguais e sinto o meu coração parado, como se tivessem deixado uma pedra no lugar dele para que eu não conseguisse mais viver e lutar por ti.
Um beijo daquela que te ama muito,
Francisca Araújo
Ler esta carta fez-me lembrar um livro do Nicholas Sparks bastante bonito. Acho que quando gostamos mesmo de alguém levamo-lo sempre connosco e não nos devemos arrepender nunca de tudo aquilo que demos e fizemos por essa pessoa. A entrega e a dedicação são a maior prova de amor do mundo.
ResponderEliminarParabéns pelo texto, gostei muito :)
Na verdade, só existe prazer no uso e no sentimento das próprias forças, e a maior dor é a reconhecida falta de forças onde elas seriam necessárias.
ResponderEliminarBeijinho