quinta-feira, 15 de julho de 2010

Conto " O oceano que os separa ... " . Parte II *

( origem da imagem: google * )

(...)

Finalmente sábado chegou. Beatriz acordou cedíssimo, pois o voo ainda era de madrugada. Tudo correu como o previsto e ela chegou ao Porto num instante, depois foi para a estação apanhar o comboio para Coimbra. Já na estação estava o Gustavo à espera da sua amiga, com uma mão por dentro dos bolsos e com algum nervosismo que se fazia notar pela sua postura. Beatriz saiu do comboio olhando para todo o lado à procura de Gustavo, de repente alguém tocou-lhe no braço, era um rapaz loiro com uns bonitos olhos azuis reluzentes, sim era o Gustavo. Beatriz pousou a mala no chão e foi em direcção aos braços de Gustavo, que lhe abraçou com intensidade e lhe deu dois beijos na face. E assim o seu diálogo começou:

- Então Beatriz que tal essa viagem? – perguntou ele.
- Foi boa, mas não via a hora de cá chegar… – disse ela com um ar envergonhado e sorriu.
- Ah, o que importa é que já cá estás! – exclamou ele devolvendo-lhe o sorriso.
- Dá me cá a tua mala, não quero que andes carregada. – disse ele piscando-lhe o olho.
- Muito obrigada, és um cavalheiro. A onde vamos? – perguntou ela.
- Estava a pensar irmos até casa deixar as tuas coisas para não andares carregada e depois logo víamos como aproveitar a tarde, também deves estar cansada… - propôs ele.
- Claro que sim, então vamos lá, não é lá muito confortável andar com esta tralha toda atrás. Sim estou um bocadinho, a viagem foi longa… - disse ela com um ar de cansaço.

Eles foram da estação até a casa de Gustavo a pé, conversando e trocando imensos sorrisos de satisfação. Chegaram a casa e ele abriu-lhe a porta.

- Então os teus pais não estão em casa? – perguntou ela, olhando muito atentamente em seu redor.
- Surgiu um imprevisto e os meus pais tiveram que sair de fim-de-semana, mas segunda já cá estão prontos para te conhecer. Está a vontade, é como se estivesses em tua casa. – disse ele, esboçando um sorriso.
- Ah, está bem. Muito obrigada. – disse ela num gesto de agradecimento.
- Anda, vou mostra-te o quarto de visitas. Então que tal? Sobrevives aqui? – perguntou ele enquanto pousava a mala dela em cima da cama.
- Claro que sobrevivo, eu adapto-me em qualquer lugar. – afirmou ela.
- E então que te parece, queres que te vá mostrar a cidade ou ficamos por a aqui a ver um filme e assim sempre descansas um bocadinho? – perguntou ele.
- Ficamos por aqui a ver o filme, realmente estou um bocadinho cansada. – disse ela.
- Está bem, vamos ver um filme que comprei a semana passada é uma comédia romântica, parece que é muito giro. – disse ele, pegando-lhe na mão e trazendo-a até a sala de estar.
- Tens uma casa muito bonita. – disse ela sorrindo.
- Obrigada, mas isso da decoração são coisas da minha mãe. Senta-te, está á vontade. Queres tomar alguma coisa? – perguntou ele enquanto preparava o filme.
- Pode ser um copo com água, estou com muita sede, por favor. – respondeu ela.
- Aqui tens. Posso por play? – disse ele, enquanto trazia-lhe o copo com água, sentando-se junto a ela.
- Podes sim. Olha e desculpa o incomodo. – disse ela com um ar de timidez.
- Oh querida não incomodas nada. – afirmou ele, dando-lhe um beijo na testa.

Foram vendo o filme em silêncio, até que após algum tempo Gustavo decidiu manifestar-se e …

( continua … )

Francisca Araújo



Sem comentários:

Enviar um comentário