sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conto " O oceano que os separa ... " . Parte III *

( origem da imagem: google * )


(…)

colocou a sua cabeça nas esbeltas pernas de Beatriz. Com este acto, Beatriz que era uma rapariga extremamente tímida ficou corada, meia sem jeito, sorrindo para Gustavo e olhando-o nos olhos. Passado algum tempo a timidez de Beatriz quebrou-se e ela começou a fazer festas no belo cabelo loiro de Gustavo e acariciou-lhe a face com as suas suaves mãos. Gustavo sorriu e perguntou-lhe:

- Então, estás a gostar do filme?
- Estou sim Gugu (alcunha carinhosa pela qual certas vezes ela o tratava) e tu? – perguntou ela num tom de voz calmo.
- Também estou, mas o melhor é ter-te aqui comigo Bia. Sinto-me mesmo bem na tua companhia. – disse ele com um extremo ar de satisfação.
- Oh és um querido Gustavo! – exclamou ela, sorrindo.

Ele desta vez não lhe retribuiu o sorriso, mas sim deu-lhe um longo e profundo beijo na perna. Nisto o filme já tinha terminado e os dois amigos estavam embasbacados a olhar um para o outro, foi nisto que o Gustavo convidou a Beatriz para irem jantar à cidade. E assim o foi, ao entardecer estes jovens caminhavam ao mesmo tempo que conversavam calmamente pelas ruas de Coimbra. Ele mostrava-lhe tudo o que viam e falava-lhe sobre isso. Beatriz observou detalhadamente o andar apressado das pessoas que passavam nas ruas e reparou também nos artistas que seja cantando ou tocando mostravam de algum modo a sua manifestação artística, mas que não era devidamente valorizada, pois os seres humanos são demasiado mesquinhos e não dão valor à verdadeira arte. Custo isto, estes jovens já tinham chegado ao restaurante, que se situava numa praça muito movimentada. Entraram no restaurante e Gustavo como cavalheiro que era, puxou a cadeira para Beatriz se sentar. Estavam ambos num ambiente extremamente romântico, à luz de velas e com uma suave música de fundo. Ao longe Gustavo avistou um vendedor de rosas e chamou-o à sua beira.

- Queria uma flor, por favor! – disse ele, enquanto tirava a carteira do bolso.
- São dois euros, por favor. – disse o vendedor.
- Aqui está. – disse Gustavo, colocando o dinheiro na mão do vendedor.
- Toma Beatriz, é para ti. Uma flor para outra flor ainda mais bonita… - disse Gustavo olhando nos olhos dela e sorrindo.
- Muito obrigada Gustavo, és um amor. – disse ela olhando para os bonitos olhos azuis de Gustavo, embora um pouco atrapalhada com a situação.


Era uma rosa muito bonita, de tom vermelho vivo que simbolizada a vivacidez e os sentimentos que estes dois jovens sentiam um pelo outro, embora ainda não tivessem sido admitidos.

( continua… )
Francisca Araújo



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