sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conto " O oceano que os separa ... " . Parte IV *


( origem da imagem: google * )

(...)

A noite passará depressa e estes amigos depois do jantar dançaram juntos ao som de uma balada romântica que contemplava a sua amizade. No ar estava um clima estranho, uma certa incerteza de sentimentos, um mero engano do que sentiam… Custo isto foram para casa e no caminho Beatriz arrepiou-se de frio e ao ver isto Gustavo despiu o seu casaco e colocou-o por cima dela, colocando também o seu forte e musculado braço. Beatriz sorriu, aproximou-se e entrelaçou os seus dedos nos dele. As suas pulsações aumentaram repentinamente e Beatriz começou a sentir as tais borboletas na barriga. Beatriz aproximou-se ainda mais, olhou-o com um brilho especial nos olhos, as suas bocas já estava muito próximas e foi num mero impulso que Beatriz deu um suave beijo a Gustavo. Gustavo retribuiu o beijo e tornou-o num longo e profundo momento de afecto, que simbolizou o que ambos sentiam. Depois disto ambos perceberam que aquilo que sentiam era mais que uma simples, mas forte amizade, agora eles sabiam que o que sentiam era amor, amor puro e verdadeiro.

- Desculpa Gustavo, eu não devia ter feito isto… - disse ela um pouco atrapalhada e corada.
- Não Bia, não me peças desculpa. Tu ansiavas isto tanto como eu e não podemos continuar a negar o que sentimos, como nada se passasse. Eu hoje digo-te sem medos, eu amo-te e não é o oceano que nos separa que me vai impedir de seres minha e eu teu… - disse ele com um ar apaixonado.
- Oh Gustavo eu também te amo, mas… - disse ela com um ar preocupado.

A preocupação de Beatriz era a distância e meramente a distância que os separava e os impedia de terem um contacto físico. Gustavo tinha a perfeita noção do que preocupava Beatriz, mas tinha também a certeza que o que sentia era forte e que conseguia ultrapassar qualquer obstáculo. Quando Beatriz disse aquele “mas” Gustavo colocou-lhe um dedo suavemente nos lábios dela e disse:

- Chio, não digas nada. O que sentimos é muito mais forte e mentaliza-te disso. – disse ele com sinceridade.

Nisto já os jovens tinham chegado a casa, fecharam a porta e beijaram-se como nunca tinham beijado ninguém, enquanto ele a beijava tocava-lhe nos seus belos caracóis. Depois entraram no quarto de visitas e caíram sobre a cama e ávidos, ferozes, enlaçaram-se, tentando rasgar, destruir de vez a distância que já á muito tempo os separava.

( continua ... )
Francisca Araújo

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