Lembro-me como se fosse hoje, daqueles tempos em que eu era uma criança, repleta de ingenuidade e inocência, achando que o mundo girava a meu redor. Com o passar do tempo, fui crescendo e crescendo e fui-me apercebendo que a vida não era o conto de fadas que eu pintava. A vida é muito mais dura e cruel que uma criança possa imaginar. Nesta fase de crescimento conheci um amigo que me ajudou a abrir os olhos e ver o que era realmente a vida, este meu amigo chamava-se Norberto Rodrigues e devido a um problema de saúde andava numa cadeira de rodas, mas não pensem que era este simples facto que impedia o de ser feliz, o Norberto foi até hoje a pessoa que conheci que tinha mais força e garra para viver e sempre com um sorriso no rosto. Ele tinha uma força inacreditável, que me fazia pensar “ porque é que eu por vezes me lamento por coisas tão banais, onde há pessoas que têm o dobro dos meus problemas, mas que no entanto sabem aproveitar a vida e lutar contra os obstáculos que têm de enfrentar “. O Norberto não só me ensinou a dar valor á vida, como também me ensinou o verdadeiro valor da amizade, pois como ele dizia “ A amizade não se improvisa, surge como o sol no coração da noite “ e assim foi que eu passei a encarar a amizade e defini-la como um sentimento que cresce por acréscimo e não de um dia para o outro.
Como já disse a vida é cruel e dura e foi no dia 29/10/2008 que pregou uma partida ao Norberto e trocou-lhe as voltas e ele acabou por falecer, deixando para trás muitas vitórias, ambições e, sobretudo, sonhos. Senti uma grande dor que ainda hoje permanece em mim e ao mesmo também senti um sentimento de injustiça, pois como é que um lutador como ele, partiu assim do nada? Outro sentimento que me persegue é revolta em relação a certas pessoas, que na altura em que o Norberto estava vivo não lhe ligavam nenhuma, mas só para parecer bem após o seu falecimento tiveram a mesquinha ideia de deitar lágrimas falsas, que nem um pingo de dor esboçavam. Porquê e como é que os seres humanos conseguem ser tão mesquinhos, ao ponto de fingirem o próprio sofrimento? Era necessário tudo isto, apenas para ficarem bem vistos? Eu acho que não, pois fingimento não é coisa que conste no meu ideal de vida e não é ao demonstrar a sua falsa dor que estes seres foram admirados e lisonjeados, muito pelo contrário, foram vistos como pessoas mesquinhas e sem moral nenhuma.
O tempo passou e passou e já lá vão quase dois anos após a sua partida e é com muita saudade que recordo todos os momentos que passei com ele, lágrimas foram muitas as que deitei, mas agora aprendi a encarar esta triste realidade de outra forma e lembro-me dele como um grande amigo que me ensinou a crescer e sobretudo ensinou-me a lutar e nunca desistir dos meus sonhos, pois por mais barreiras que tenhamos, devemos ter garra e capacidade de definir os objectivos que queremos atingir e assim iremos conseguir chegar à meta da vida com uma grande vitória carregada por cima dos nossos ombros, do nosso ser.
Após ter conhecido e ter passado muito bons momentos com este espectacular rapaz considero-me uma outra pessoa, que vai crescendo, mudando de forma, deparando-se com alguns obstáculos que têm de ser ultrapassados, nem sempre com a melhor solução, mas apesar de tudo ergo a cabeça e sigo em frente de modo a honrar e a orgulhar o espaço que se encontra preenchido no meu coração, por todas as pessoas que de certa forma me fizeram e fazem feliz, tal como o Norberto.
Estejas onde estiveres, Norberto, eu nunca me irei esquecer de ti e continuarei a gostar de ti como o belo amigo e exemplo que foste, gravando sempre na minha memória tudo o que passamos juntos e digo-te mais, eu orgulho-me de ter-te conhecido e embora o teu corpo já não esteja entre nós, a tua alma estará sempre presente em mim para o resto da minha vida.
Um beijo repleto de saudade,
Como já disse a vida é cruel e dura e foi no dia 29/10/2008 que pregou uma partida ao Norberto e trocou-lhe as voltas e ele acabou por falecer, deixando para trás muitas vitórias, ambições e, sobretudo, sonhos. Senti uma grande dor que ainda hoje permanece em mim e ao mesmo também senti um sentimento de injustiça, pois como é que um lutador como ele, partiu assim do nada? Outro sentimento que me persegue é revolta em relação a certas pessoas, que na altura em que o Norberto estava vivo não lhe ligavam nenhuma, mas só para parecer bem após o seu falecimento tiveram a mesquinha ideia de deitar lágrimas falsas, que nem um pingo de dor esboçavam. Porquê e como é que os seres humanos conseguem ser tão mesquinhos, ao ponto de fingirem o próprio sofrimento? Era necessário tudo isto, apenas para ficarem bem vistos? Eu acho que não, pois fingimento não é coisa que conste no meu ideal de vida e não é ao demonstrar a sua falsa dor que estes seres foram admirados e lisonjeados, muito pelo contrário, foram vistos como pessoas mesquinhas e sem moral nenhuma.
O tempo passou e passou e já lá vão quase dois anos após a sua partida e é com muita saudade que recordo todos os momentos que passei com ele, lágrimas foram muitas as que deitei, mas agora aprendi a encarar esta triste realidade de outra forma e lembro-me dele como um grande amigo que me ensinou a crescer e sobretudo ensinou-me a lutar e nunca desistir dos meus sonhos, pois por mais barreiras que tenhamos, devemos ter garra e capacidade de definir os objectivos que queremos atingir e assim iremos conseguir chegar à meta da vida com uma grande vitória carregada por cima dos nossos ombros, do nosso ser.
Após ter conhecido e ter passado muito bons momentos com este espectacular rapaz considero-me uma outra pessoa, que vai crescendo, mudando de forma, deparando-se com alguns obstáculos que têm de ser ultrapassados, nem sempre com a melhor solução, mas apesar de tudo ergo a cabeça e sigo em frente de modo a honrar e a orgulhar o espaço que se encontra preenchido no meu coração, por todas as pessoas que de certa forma me fizeram e fazem feliz, tal como o Norberto.
Estejas onde estiveres, Norberto, eu nunca me irei esquecer de ti e continuarei a gostar de ti como o belo amigo e exemplo que foste, gravando sempre na minha memória tudo o que passamos juntos e digo-te mais, eu orgulho-me de ter-te conhecido e embora o teu corpo já não esteja entre nós, a tua alma estará sempre presente em mim para o resto da minha vida.
Um beijo repleto de saudade,
Francisca Araújo
Parabéns filha, gostei imenso dos teus textos, estão muito bonitos e vemos claramente que foram escritos com o coração aberto... Tenho muito orgulho em seres quem és e especialmente seres minha filha.
ResponderEliminarBeijinhos, adoro-te muito.
Gostei mesmo do texto , Kika +.+
ResponderEliminarEle esteja onde estiver estara sempre a olhar por ti (:
Força , Beijinhos *
que simpática, Francisca, obrigado!
ResponderEliminartexto muito sincero, transparente, vindo de dentro. Gostei... força aí!
és muito atenciosa :')
ResponderEliminarA par do cativar coloca-se a questão de "será que gostamos de gostar da pessoa?", esta questão é mesmo pertinente p'ra mim (:
ResponderEliminarGosto da tua escrita
ResponderEliminar;D
continua
XD
Achei este texto bonito. Num texto o mais importante são os sentimentos, não a ortografia ou a caligrafia (quando escrito à mão). Um texto tem de servir de grito, de desabafo, de exposição de verdades inconvenientes (como quando referiste que muitas pessoas só se importaram depois de ter tudo acontecido).
ResponderEliminarÉ difícil lidar com o desaparecimento físico de alguém, ainda para mais de um amigo que vemos (quase) todos os dias. Não digo morte por achar essa uma palavra feia, não a digo porque simplesmente não transmite a realidade das coisas. Desaparecemos fisicamente, mais nada. De resto continuamos sempre aqui. Acredito piamente nisso.
Também já perdi uma pessoa muito importante e muitos dos meus textos são dedicados a ele. É bom escrever para alguém que nos dá sempre importância, mesmo que não o possa dizer frente a frente.
Beijinho e excelente texto.
E força para os dias menos bons que possam surgir (embora espere que não, claro)